quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Selton Mello é o homem do ano no cinema nacional. Corram.


Olhando os dados das maiores bilheterias do Brasil em 2008 a primeira e mais óbvia constatação é a de que padecemos de um profundo mal gosto. De todos os filmes listados no ranking geral, apenas "Batman" e "Quantum of Solace" não são presenças profundamente constrangedoras para nosso espírito nacional. Vamos relevar "Kung Fu Panda" e "As Crônicas de Nárnia". Além de serem infantis, não são de todo ruins, embora o Panda seja apenas um Shrek disfarçado pela Dreamwork depois que fazer Sherek Décimo Quinto parecia forçado até para um estúdio sem imaginação. Mesmo com toda a tolerância de meu espírito natalino fora de época, não tenho como explicar o fato de "Hancock" ter sido assistido por 21,7 milhões de brasileiros enquanto os irmãos Coen nem figuram na lista de mais vistos.
Em quatro semanas de exibição nas salas brasileiras, o vencedor do Oscar de Melhor Filme de 2008, "Onde os fracos não têm vez", conseguiu atrair a atenção de apenas 205 mil pessoas. Estávamos ocupadíssimos prestigiando "Meu Nome Não é Johnny", roteiro fabulosamente original sobre um jovem que - veja só - se droga e faz festas. Mas ele não é má pessoa. Claro que não é, nenhum protagonista de filme brasileiro poderia ser. Eles precisam ser bonachões, heróis sem caráter e trazer o gingado da nação nagô na barriguinha protuberante de Selton Mello. Outros bons filmes, como "Piaf - Um Hino ao Amor", premiado com o Oscar de melhor atriz para a francesa Marion Cotillard e "Sangue Negro", que rendeu o prêmio de melhor ator ao britânico Daniel Day-Lewis, fizeram feio por aqui. "Piaf" permaneceu em cartaz por 20 semanas, mas só conseguiu 260 mil espectadores. Já "Sangue Negro" permaneceu duas semanas e foi assistido por 91 mil pessoas.
Os números da lista de maiores bilheterias de filmes nacionais são pra sentar e chorar. Convenhamos, quando um filme assistido por menos de 4 mil pessoas entra na lista dos 10 mais vistos do ano a gente muda de assunto, vai falar de, sei lá eu, estátua viva nas ruas das metrópoles, não sai por aí falando em "renascimento do cinema nacional". "Cinco frações de uma quase história" tinha um elenco de 35 atores e 600 figurantes. Bastou cada um deles obrigar seis amigos a irem ao cinema e, tchanran, lista dos mais vistos. Os três filmes nacionais mais vistos do ano - "Meu nome não é Johnny", "Chega de Saudade" e "Polaróides urbanas" - são também os únicos com uma bilheteria digna. Todos eles acrescentam têm roteiros fraquinhos, atores da Globo com desempenhos bastante semelhantes aos da televisão e uma chatice latente. Melhor nem lembrar que todos esses filmes são feitos com dinheiro público e isenção fiscal.

As dez maiores bilheterias do Brasil em 2008:

1 - Batman - O Cavaleiro das Trevas (4 milhões)
2 - Kung Fu Panda (3,8 milhões)
3 - Homem de Ferro (23,4 milhões)
4 - Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (21,8 milhões)
5 - Hancock (21,7 milhões)
6 - Eu Sou a Lenda (18,3 milhões)
7 - Meu Nome Não é Johnny (18 milhões)
8 - A Múmia - Tumba do Imperador Dragão (17,5 milhões)
9 - 007 - Quantum of Solace (15,9 milhões)
10- As Crônicas de Nárnia 2 (12,2 milhões)

Fonte: SDRJ

As dez maiores bilheterias de filmes nacionais no Brasil em 2008:

1- Meu Nome Não é Johnny (2.109.100)
2- Chega de Saudade (150.000)
3 -Polaróides Urbanas (80.000)
4 -Estômago (65.854)
5- O Banheiro do Papa (27.000)
6- Maré, Nossa História de Amor (19.051)
7- Juízo (12.269)
8- Bodas de Papel (8.117)
9- Falsa Loura (6.067)
10- Cinco Frações de uma Quase História (3.671)

Fonte: Ancine

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Lista dos Selecionados

Lista de selecionados de literatura:

Maria Rosineide da Silva Sales, Lauro de Freitas (Bahia).

Sávio Domato Mendes, Juiz de Fora (Minas Gerais)

Maycon Lopes, Salvador (Bahia)

Iramaya Monick Santos de Oliveira, Itabuna (Bahia)

Daniel Victor Coriolano Serafim, Juazeiro do Norte (Ceará)

Milena Gantois Palladino, Itabuna (Bahia)

Gustavo Alexandre Ferreira da Silva, Alagoa Grande (Paraíba)

Laura Diniz Tavares, Brasília (Distrito Federal)

Jivago Medeiro Ribeiro e Valérya Próspero Cardoso, Cuiabá (Mato Grosso)

Jucelino de Sales, São João d´Aliança (Goiânia)

João Gabriel Carvalho Lima, Salvador (Bahia)

Caroline Brandão Pires de Almeida, Marília (São Paulo)

David da Silva Monsores, Vassouras (Rio de Janeiro)

Daiane Cristina Portela Martins, Marília (São Paulo)

Larissa Nascimento Ribeiro, Barra do Garças (Mato Grosso)